sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Hora Seca

Nesta hora seca
armas não usoGuardo o gesto
abdicado às cavilações

Tenho o canto limpo
a franquia na fala
Estou além da bala
e seu conchavo
embora o açoite na lapela
o grito medido
o crédito cortado

Palmo a palmo
escalo o que me caber
nessa jornada

Não tenho trincheiras
nem recursos
o que sou
está no curso do tempo
onde busco a esperança
(Do livro Porta de Emergência p. 58)

Nenhum comentário:

Postar um comentário